O psicólogo pode ou não lançar mão de testes psicológicos no psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítica (PIOP) conforme o andamento de cada caso.
De modo geral são utilizados instrumentos nesse tipo de avaliação psicológica, mas existem situações nas quais não é possível a aplicação de testes, consistindo o PIOP apenas em entrevistas e hora de jogo como no caso de crianças.
Neste sentido, quando não se pode contar com o material produzido pelos testes, a experiência clínica e a supervisão auxiliam o psicólogo no alcance de uma compreensão globalizada do paciente.
Mas, ao fazer uso de instrumentos para um melhor diagnóstico em psicologia, o profissional que realiza o PIOP deve priorizar o uso de métodos e técnicas de exame com base na associação livre.
Os testes projetivos e os procedimentos clínicos de investigação pouco ou não estruturados são alguns exemplos.
No caso das técnicas projetivas, a avaliação das mesmas, no PIOP, é realizada por meio da livre inspeção do material produzido, baseada na experiência do psicólogo.
Tendo em vista que no PIOP devem-se utilizar primordialmente as técnicas baseadas na associação livre como fica o uso de instrumentos padronizados como as escalas psicométricas? Não há o impedimento do uso de testes psicométricos no PIOP.
Nesse sentido, o psicólogo deve estar atento para a adequada administração e levantamento de cada teste conforme os requisitos dos manuais de instrução.
Os resultados da testagem psicométrica serão trabalhados e incorporados no PIOP à luz dos demais achados. Em síntese, o fundamental no PIOP é a forma como o profissional irá integrar os dados da testagem psicométrica aos demais levando em consideração a singularidade de cada sujeito.